
Augusto Ruschi nasceu em Santa Teresa, em 13 de dezembro de 1915, uma pequena colonização italiana nas montanhas do Espírito Santo. Foi o oitavo entre os doze filhos do casal de imigrantes Giuseppe Ruschi e Maria Roatti.Seu pai era agrônomo e trabalhava com construção. Foi Cientista, agrônomo, advogado, naturalista, ecologista. Estudou varias espécies de beija – flores e descobriu 50 novas.
Augusto Ruschi ainda menino apresentava uma curiosidade inata pelas flores que seu pai cultivava como Hobby na “Chácara Anita”. Iniciou seus estudos em Santa Teresa, no colégio Ítalo Brasileiro.
Aos 10 anos passou a residir em Vitória Espírito Santo, para estudar no colégio Estadual. Teve uma grande incentivadora, a Pesquisadora e Historiador Maria Estela de Novaes que percebendo sua pelos insetos, o incentivou ao mundo da Ciência.
Aos 12 anos tornou –se conhecido por vários cientistas do país. Muitas vezes Ruschi era dado como louco pois passava dias vivendo pelas matas, observando, desenhando e colecionando plantas e aos 17, o prof. Melo Leitão, responsável pelo Museu Nacional, conhecendo as pesquisas de Ruschi, resolveu apadrinhá – lo. Então Rschi começou a trabalhar no Museu Nacional e no Jardim Botânico e zoológicos como coletor de materiais botânicos e zoológicos.
Passou a residir no Rio de Janeiro e foi Professor da Universidade Federal do Brasil (atual UFRJ) com apenas 22 anos.
Dois anos antes de morrer, moveu uma nova campanha contra o desmatamento de uma região do Norte do Espírito Santo, ultimo refugio de três espécies de colibris sob ameaça de extinção.
Em 1986, foi encontrado - se enfermo pelo veneno de sapos dendrobatas, Ruschi, submeteu –se a um ritual de cura indígena, a pajelança. O episodio teve grande repercussão.
Ruschi morreu pouco depois, de cirrose hepática, com o fígado irremediavelmente comprometido devido ás doenças que adquirira nas suas pesquisas pelas florestas e de hepatite B e C. Não foi encontrado no cientista nenhum traço de veneno de sapos ou de outros animais.
Deixou uma vasta obra escrita com 450 trabalhos e 22 livros; duas instituições cientificas: O Museu de Biologia Professor Melo Leitão, em Santa Tereza e a Estação Biologia Marinha Ruschi, em Santa Cruz, no município de Aracruz ambas no Espírito Santo; uma fundação, a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza em várias reservas, entre as quais o Parque Nacional do Caparão, e um dos maiores acervos de informações existentes sobre a Floresta Atlântica.
A cédula de 500 cruzados novos, emitida em 1990 pelo Banco Central do Brasil, homenageou Augusto Ruschi.